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Recomendação de uso de celulares nas UELs
O uso constante de aparelhos celulares é uma preocupação desde a popularização dos smartphones, especialmente nos jovens. Mas isso não quer dizer que o consumo reduziu, muito pelo contrário! Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil, feita pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 95% dos adolescentes de 15 a 17 anos e 67% dos de 9 e 10 anos no país já têm celular próprio.
E essa apreensão é respaldada cientificamente, considerando pesquisas de entidades como a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria que destacam os efeitos negativos que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes pode causar:
- dificuldades de concentração e desempenho cognitivo e linguístico;
- menor engajamento em atividades físicas, como jogos e brincadeiras;
- desafios nas relações interpessoais;
- problemas relacionados à saúde mental, como insônia, depressão e ansiedade;
- miopia;
- sobrepeso.
Desde 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a dependência digital como um transtorno, incluindo a nomofobia—o medo irracional de ficar sem celular ou outros dispositivos digitais, afetando a saúde mental, a capacidade de manter uma rotina, relações sociais e no bem-estar geral. Mas os jovens não são os únicos a lidar com essas consequências, muitos adultos também enfrentam sintomas semelhantes devido à alta exposição a telas.
Com as recentes decisões do Ministério da Educação de proibir os celulares em escolas, essa discussão voltou acalorada. Apesar de ainda não haver nenhuma regulamentação específica sobre o tema, o Programa Educativo dos Escoteiros do Brasil valoriza o contato com a natureza e pensado para oferecer aprendizado e desenvolvimento em todas as dimensões: caráter, físico, emocional, social e espiritual. Justamente por isso, o uso de celulares pode limitar a experiência ao ar livre e reduzir a interação entre os jovens.

Sendo assim, queremos garantir que cada atividade escoteira seja uma oportunidade rica em convivência e aprendizado e — para isso — acreditamos que o uso de dispositivos eletrônicos durante as atividades escoteiras deve ser regulado. Para isso, seguindo a recomendação da Equipe Nacional de Espaços Seguros, cabe a Unidade Escoteira Local:
- Definir regras claras para o uso de celulares em atividades escoteiras, limitando-o a momentos planejados e combinados, garantindo formas de contato para emergências.
- Promover campanhas educativas para os jovens e suas famílias sobre os impactos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos na saúde física, mental e no aprendizado de crianças e adolescentes.
- Incentivar a Educação Digital, promovendo o uso responsável da tecnologia, a proteção da privacidade e o equilíbrio entre o digital e as experiências presenciais.
- E, claro, dar o exemplo! Os adultos também devem evitar o uso desnecessário durante as reuniões e eventos, demonstrando coerência entre discurso e prática e reforçando positivamente comportamentos equilibrados em relação à tecnologia.
O uso consciente do celular nas atividades escoteiras ajuda crianças e jovens a equilibrar o mundo digital com experiências presenciais, permitindo que a tecnologia complemente (mas não substitua) as vivências ao ar livre e os valores do Escotismo!