Oceana e Escoteiros do Brasil se unem em campanha para reverter poluição plástica

Criada pela ONG Oceana, a Campanha “Pare o Tsunami de plástico!” busca dar publicidade ao Projeto de Lei 2524/2022

Os Escoteiros do Brasil e a Oceana estão juntos na campanha “Pare o Tsunami de plástico!”, que busca trazer a atenção da sociedade para aprovação do Projeto de Lei 2524/2022 que tramita atualmente no Congresso Nacional e propõe uma economia circular do plástico, em que todo material voltará ao sistema e não será mais descartado no meio ambiente.

O Projeto de Lei 2524/2022 propõe uma transição rumo a uma economia circular do plástico, em que a produção de materiais plásticos será pautada pela reutilização, reciclabilidade e compostagem. Através desse projeto, a reintegração de plásticos ao sistema, evitando seu descarte incorreto, assume protagonismo. A viabilidade desse projeto reside em sua capacidade de preservar tanto a natureza quanto a saúde humana, o que se traduz em uma medida legislativa que atualmente tramita no Congresso.

A ascensão do plástico como uma inovação global é incontestável, mas sua trajetória também está impregnada de desafios significativos. O que inicialmente representou um avanço notável, logo se converteu em um dilema de proporções mundiais. O propósito de um material com durabilidade centenária foi reconfigurado para ser de uso único, resultando em um rastro de canudos, copos, mexedores e embalagens em resíduos descartados em questão de minutos. 

Este descarte massivo, para ser mais preciso, alcança proporções inimagináveis, com o Brasil sozinho gerando anualmente 500 bilhões de itens de plástico descartável, cuja reciclagem se mostra insuficiente. A cada ano, os brasileiros despejam cerca de 325 milhões de quilos de plástico no mar, enquanto que globalmente o equivalente a dois caminhões repletos de resíduos plásticos é lançado nos oceanos a cada minuto, exercendo impactos devastadores sobre a vida marinha, ecossistemas, pesca, turismo e, a saúde humana.

Esta grande ameaça fica ainda mais grave quando encontramos micro plásticos nos alimentos, na água potável, e até mesmo em nosso organismo como na placenta, no leite materno, no sangue e em nossos pulmões. O progresso que o plástico um dia simbolizou agora atinge nossas fronteiras físicas. A poluição plástica, hoje, se estabelece como a segunda maior perigosidade ambiental global. 

Por isso, a oportunidade de efetuar essa transição é agora, visto que o nosso planeta não deve ser tratado como descartável. Diante do tsunami de plástico, a imperativa ação é crucial para enfrentar esta catástrofe iminente. Os Escoteiros do Brasil convidam todos a também demonstrarem seu apoio à causa, participando do abaixo-assinado na página da campanha “Pare o Tsunami de plástico!”: www.pareotsunamideplastico.org

Conheça a ONG Oceana

Em 1999, quatro fundações se juntaram para financiar um estudo que revelou que menos de 0,5% de todos os recursos financeiros utilizados por ONGs ambientalistas nos Estados Unidos eram destinados à conservação marinha. Com essa estatística alarmante, o estudo concluiu que até então não havia nenhuma organização trabalhando exclusivamente para proteger e recuperar os oceanos em escala global. 

Foi nesse contexto em que surgiu em 2001, a Oceana, uma organização internacional focada exclusivamente nos oceanos, dedicada a pensar globalmente e agir localmente. Desde sua fundação a Oceana conquistou diversas vitórias no âmbito da conservação marinha, protegendo aproximadamente 10 milhões de quilômetros quadrados de oceano.