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Heróis de Lenço | As Contribuições dos jovens do Grupo Escoteiro Silva Paes 37/RS nas Enchentes de Maio
A Promessa Escoteira tem uma frase emblemática, repetida em momentos solenes por todos os irmãos de lenço, dita quando decidem se engajar oficialmente ao Movimento Escoteiro: “ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião”. Talvez seja a parte da Promessa que os não-escoteiros mais conhecem.
Desde que o Rio Grande do Sul teve quase 90% de suas cidades assoladas pelo desastre de enchentes jamais vistas, este que é um dos principais valores do Escotismo, tem motivado nossos jovens e adultos a fazerem seu melhor possível para ajudar os que foram afetados por essa tragédia que devastou o Estado e vai deixar sequelas que demandam longos esforços para sua reconstrução.
Por todo o Brasil, escoteiros se voluntariam nas mais diversas ações, e as palavras retaguarda e front repetem-se para descrever esta verdadeira guerra que está sendo travada na água. Um sentimento é comum a todos: enxergam-se como pequenas peças fazendo o mínimo. Não se consideram heróis, não se veem como notícia, não buscam os holofotes e são unânimes em achar que estão fazendo pouco. Escoteiros são parte do rosto real que foi em socorro dos atingidos e que vemos diariamente na imprensa: o povo auxiliando o povo, pessoas socorrendo pessoas.
Conheça nesta série alguns dos rostos de escoteiros jovens e adultos que vestiram seus lenços e foram fazer sua parte, dar o seu melhor para ajudar os irmãos gaúchos a enfrentar e superar esta catástrofe humana e ambiental sem precedentes.
Ações no Abrigo da Cruz Vermelha em Rio Grande
O estado do Rio Grande do Sul foi fortemente afetado pelos eventos climáticos do último mês de maio, e a cidade de, Rio Grande, também foi impactada. Com isso, surgiram abrigos para acolher essas pessoas que estavam desalojadas, entre eles o abrigo da Cruz Vermelha, em um antigo supermercado do centro da cidade.
“Eu fui ao abrigo pela primeira vez no dia 16 de maio com meu grupo escoteiro realizar uma atividade com as crianças, e naquele dia, fiquei sensibilizado com a realidade daquelas crianças, e decidi voltar e ajudar no abrigo. No outro dia, voltei e daí em diante fiquei no abrigo por semanas. No dia 19 de maio, chamei uma amiga minha do movimento escoteiro, a Lívia, que foi junto comigo naquele dia, e no outro (20 de maio), foi outra amiga nossa, a Bruna. Ficamos no abrigo até o dia 6 de junho”, contou Otávio.
Durante os dias ajudando no abrigo, chegavam às 9:00 e permaneciam ate 22:00. Ajudando em todas as áreas, como; cuidando de crianças, triagem de roupas que foram entregues para abrigos, limpeza e higienização do local, servindo refeições e cuidado dos pets que chegam até o canil montado no local.
“No local disponha de grande espaços, nós tentávamos atender a todos o mais rápido possível. Houve uma semana em que estimamos mais de 800 pessoas, sendo 200 crianças e adolescentes, e mais de 80 animais alojados no abrigo.” Completou Otávio.
“Contudo, podemos expressar a nossa gratidão a esta experiência, que foi enriquecedora e transformadora para nós três. Conseguimos colocar em prática os objetivos do movimento escoteiro, ajudando ao próximo em toda e qualquer ocasião, e estando dispostos a ajudar sempre que necessário.” finalizou Otávio.
Texto enviado por Otávio Aurora, Livia Huckembeck e Bruna Puccinelli – Sênior e Guias do Grupo Escoteiro Silva Paes (37/RS)
