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Os caminhos para a liderança através de experiências escoteiras
Entrevista sobre liderança com Thaís Queiroz, Representante Juvenil da Organização Mundial do Movimento Escoteiro
Por Marjorie Martins
O Movimento Escoteiro tem como um dos seus objetivos incitar nos jovens as competências e habilidades para tornar-se uma liderança no futuro, através da vivência dentro e fora das suas Unidades Escoteiras Locais. Mas qual a relação entre escotismo e liderança? Como tornar-se um líder? Aonde podemos chegar com essa liderança? As respostas estão na história de uma de nossas 100 mil associadas, Thais Queiroz, Representante Juvenil da Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME).
Thais nasceu dentro do Escotismo, um ambiente comum a toda a sua família. Assim como muitos escoteiros, Thais em certo momento também deixou o movimento, mas foi fisgada de volta e admite que um acampamento mudou a sua vida para sempre: o Jamboree Mundial na Inglaterra em 2007. Longe de casa aos 13 anos, com seu irmão no meio de 40 mil escoteiros de mais de 100 países diferentes. Foi ali que Thais se apaixonou pelo que guiaria a sua escolha profissional, e se formou anos depois em Relações Internacionais.
Escotismo e liderança
Muitas experiências moldaram a escoteira, como trabalhos voluntários em épocas de desastres, e nessas situações o que ela aprendeu dentro do Movimento ajudou e muito. ‘Já aconteceu de eu estar ajudando em uma situação dessas e ouvir o coordenador falar “como eu não tinha ouvido falar dos escoteiros antes? Quero vocês em todas as nossas atividades daqui pra frente’”, conta ela.
Os aprendizados que o Escotismo traz influenciam no reconhecimento em ações voluntárias como a citada, mas também na vida profissional dos nossos associados, não por ser escoteiro, mas pelas habilidades desenvolvidas dentro dele; a liderança com certeza é uma delas. As atitudes dentro do Movimento se refletem no ambiente de trabalho, no currículo e nas entrevistas de emprego, levando a contatos e oportunidades, como diz a representante juvenil.
E são em situações como essas que o escotismo prova o seu valor, mostra seu método educativo, mesmo que de forma indireta, e fala sobre liderança, porque como diz a nossa representante: “Ser líder não significa ser a pessoa cabeça do projeto. Ser líder é também, saber identificar com o que você pode contribuir, saber confiar, saber pedir ajuda e contribuir para o sucesso da equipe como um conjunto”.
Aonde Thaís chegou e aonde você pode chegar?
Aqui é importante lembrar que ninguém se torna referência de uma hora para a outra e o importante é não desistir e sempre tentar, pois as suas vivências podem e vão te ajudar. Thaís, por exemplo, participou de muitos acampamentos, congressos e conferências. A primeira vez como representante oficial do Movimento foi no Jamboree Mundial na Suécia, em uma simulação da ONU sobre mudanças climáticas, em que representou o Brasil junto com outro jovem.
Anos depois, em 2015, ela apresentou um trabalho da faculdade no 1º Congresso Nacional de Educação Escoteira, que aconteceu em São Paulo. No ano seguinte, a Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME) estava programando um Congresso Mundial de Educação Escoteira e ela foi chamada para ministrar sessões e ajudar em outras. Foi lá que ela conheceu muitas pessoas e pôde fazer muitos contatos.
Em 2019 foi reaberto um processo seletivo para ser uma das 12 representantes jovens do Movimento Escoteiro a nível Global. Ela já havia se candidatado anteriormente, em 2017, mas nessa época o processo foi congelado. Ao reabrir, Thais viu a oportunidade, notou que tinha adquirido mais experiência e conseguiu a vaga.
Como eu posso me candidatar para vagas como essas?
De acordo com Thaís Queiroz, a Organização sempre posta em seu site oficial e nas redes sociais processos seletivos como estes que estão abertos. “Jamais parar na candidatura. Participar do que você pode, da maneira que você pode, te faz adquirir experiência e conhecer pessoas. E no contato com pessoas diferentes, você está sempre aprendendo”.
Ela acrescenta também que estudar sempre e pedir para colegas revisarem as cartas de recomendação e questionários, é muito útil. Eles podem se lembrar de algo que você não tenha incluído e dar sugestões. E se não passou em nenhum processo, não desista. “Eu já me candidatei a muitos desses processos em que não fui selecionada. E essas recusas me ajudaram a me preparar melhor para as próximas oportunidades”.
Liderança, assim como inúmeras habilidades, também pode ser adquirida. Tornar-se líder é um processo, desenvolvido a partir de experiências e aprendizados e o Treinamento Nacional de Lideranças é uma ótima oportunidade para isso. Mais um evento dos Escoteiros do Brasil para inspirar, educar e transformar a partir de experiências reais de quem, assim como nós, trabalha para deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrou. Aproveitem!