Reconhecida pela Nasa, jovem escoteira é agraciada com a 1ª cruz de valor Maria Pérola Sodré - Escoteiros do Brasil
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Reconhecida pela Nasa, jovem escoteira é agraciada com a 1ª cruz de valor Maria Pérola Sodré

22 fevereiro 2023

Medalha criada em maio de 2021 foi inspirada nos feitos de Katarine Emanuela Klitzke que já foi premiada pela Nasa

Reconhecida pela Nasa aos 18 anos por um projeto de viagem a Marte, Katarine Emanuela Klitzke coleciona feitos acadêmicos e bolsas estudantis, uma delas no Georgia Institute of Technology (Georgia Tech), onde estuda atualmente. Escoteira há cerca de 10 anos, a jovem foi agraciada no início deste mês com a Medalha Cruz de Valor Maria Pérola Sodré, condecoração criada em 2022 inspirada nas conquistas de Katarine.

A cerimônia de reconhecimento de Katarine ocorreu em sua cidade natal, Benedito Novo (SC), com a presença dos escotistas e dirigentes do seu grupo escoteiro, o Timbó 20/SC. Além de ter inspirado a medalha, a escoteira foi a primeira a recebê-la no Brasil, direto das mãos dos diretores Celso Menezes e Marcos Carvalho, representando o Conselho de Administração Nacional e a Diretoria Executiva Nacional.

A medalha em questão reconhece jovens, escoteiros e escoteiras dos Escoteiros do Brasil que realizaram ações de relevância nos diversos campos das ciências, cultura e nos desportos, em âmbito nacional ou internacional, que foi exatamente o caso de Katarine, que começou a se destacar ainda muito jovem em uma das olimpíadas de conhecimento, que abriu portas para inúmeras bolsas escolares Brasil afora.

A partir daí, Katarine foi estudar em uma das melhores escolas do país, no Ceará; conquistou medalha de ouro na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA); ingressou no Georgia Institute of Technology (Georgia Tech), nos Estados Unidos, uma das universidades mais renomadas do mundo em tecnologia; e foi premiada pela Nasa, a agência espacial norte-americana, por um projeto que envolvia uma missão de curta duração em Marte. 

Recentemente, em 2021, a jovem escoteira figurou como um dos nomes presentes na Forbes Under 30, um conjunto de listas emitidas anualmente pela famosa revista Forbes que reconhece jovens expoentes até 30 anos de idade em diferentes áreas. Katarine está entre os jovens reconhecidos na categoria de Ciência e Educação e sua trajetória educacional realmente impressiona. 

Oriunda de escola pública, ela criou aos 18 anos de idade, junto a colegas, a “Ampulheta do Saber”, um projeto criado por estudantes ex-participantes de olimpíadas do conhecimento para auxiliar na divulgação científica e a engajar cada vez mais jovens a estudarem e se prepararem para olimpíadas científicas através de guias de estudo, listas de exercícios, simulados, curiosidades e novidades científicas.

Já graduada em Engenharia da Computação, Astrofísica e Inteligência Artificial no Georgia Tech, Katarine retornou para os Estados Unidos na última semana, onde começará a trabalhar em projetos de inteligência artificial na sede da Microsoft, em Seattle.

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Influência escoteira na vida pessoal e profissional

Katarine Emanuela Klitzke conta que praticamente nasceu dentro de seu Grupo Escoteiro, já que boa parte de sua família fez parte do Movimento, e que a sua vivência escoteira foi extremamente importante para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Eu acho muito bacana esse sistema de especialidades dentro do Movimento Escoteiro, porque através dele a gente consegue ter contato com profissionais de diferentes áreas e isso instiga os jovens a buscarem conhecimento em áreas que eles até então não tinham conhecimento”, afirma a jovem. Dentre as especialidades, Katarine conquistou, como escoteira, astronáutica, astronomia e história aeroespacial, que influenciaram diretamente a escolha da sua profissão.

A escoteira destaca também que o “Aprender Fazendo”, um dos elementos do Método Educativo Escoteiro, foi um dos principais ensinamentos que ela levou para a vida. “Na vida o que vale muitas vezes não é um diploma que você tem e sim o fato de você saber fazer o que requerem de você” lembra ela, complementando que a formação baseada em valores que existe no Movimento Escoteiro foi essencial para o seu sucesso tão cedo. 

“O que pra mim também foi muito importante que eu aprendi no Movimento Escoteiro foi essa questão de criar independência. Eu saí de casa aos 15 anos para estudar em uma das melhores escolas do Brasil e precisava cozinhar, lidar com pessoas desconhecidas, ter organização, mas meus pais ficaram seguros em me deixar fazer isso, porque sabiam da formação que eu tive como escoteira”, afirma Katarine que viu no Grupo Escoteiro que frequentava enquanto estava no Ceará uma verdadeira família que lhe deu todo o apoio e suporte que precisou.

Katarine finalizou a entrevista com a icônica frase de BP: “Eu procuro fazer as coisas seguindo o lema de BP, ‘deixe o mundo melhor do que encontrou’ e pra mim essa não é somente uma frase bacana que a gente ouve por aí. O Escotismo realmente te ensina a de fato tornar um mundo melhor. E a partir do momento em que você sente essa alegria de poder deixar o mundo melhor do que você encontrou e eu procuro isso não só como pessoa, mas como profissional também”.

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