Grupo Escoteiro Servidores do Rei e o impacto social do Movimento Escoteiro - Escoteiros do Brasil
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Grupo Escoteiro Servidores do Rei e o impacto social do Movimento Escoteiro

25 abril 2018

Ao questionar sobre o que um escoteiro faz, a resposta geralmente – se não em todas as vezes – esbarrará em impactar a sociedade. Tanto na Lei quanto na Promessa escoteiras são destaques, como parte essencial do existir do Movimento, a preocupação e cuidado com o próximo e com o meio ambiente, sempre presentes e pulsantes. O propósito do Movimento Escoteiro, nas atividades desempenhadas pelos grupos em cada comunidade, depende diretamente da dedicação e empenho tanto das crianças, adolescentes e jovens, como dos voluntários que auxiliam e regem todo o trabalho desenvolvido.

Nesta semana de celebração, em que comemoramos o Dia do Escoteiro, convidamos a todos para refletir sobre a atuação do Escotismo nos locais onde os grupos estão, e o real impacto proporcionado pela ação dos escoteiros. Para isso, apresentamos a história de um grupo que interfere positivamente não apenas na comunidade, mas na vida dos próprios associados.

Batizado como Grupo Escoteiro Servidores do Rei, a associação nasceu em 2002 na Vila Osternack, bairro periférico de Curitiba, por meio de uma iniciativa de um programa governamental da capital paranaense, denominado ‘Escola Participativa’. O projeto tinha representação da Secretaria de Educação, da Administração Regional de um dos bairros da cidade, e das diversas organizações locais de “finalidade social sem finalidade de lucro”, reunindo-se em encontros quinzenais. Encabeçado pelo casal Cláudio e Cleusa Ostrovski, e da filha Cláudia – trio com mais de 25 anos de aventuras no meio escoteiro -, o projeto idealizado por Humberto de Queiroz tomou forma. Atendendo famílias de capacidade econômica reduzida e em uma região de vulnerabilidade social, o Grupo Escoteiro Servidores do Rei (169°/PR) se estruturou e foi reconhecido pelos Escoteiros do Brasil em 2004.

Inicialmente, as atividades eram desenvolvidas nas dependências da Associação de Moradores Madre Tereza, local que abrigou o grupo até 2017 por meio da Fundação de Ação Social da Prefeitura de Curitiba. Pelos bons resultados e pelo trabalho desenvolvido, ainda em 2017, o Município acordou a cessão de uma sede própria para o grupo. Hoje, a iniciativa conta com cerca de 60 crianças, em sua maioria, filhos de catadores de material reciclável. Entre os desafios do grupo, a falta de acesso aos uniformes (recebem de doação proveniente de outros grupos da cidade), e o trato com crianças portadoras de deficiência física.

Ainda que as condições materiais não sejam as mais adequadas, é destacável o engajamento de cada adulto voluntário do grupo. O breve contato com as atividades desenvolvidas no Servidores do Rei mostra, com clareza, o escotismo como estilo de vida, estando presente na fala dos chefes e dirigentes, e fortalecendo a ideia de pertencimento e impacto da sociedade. A proposta de ser um grupo sem fins lucrativos, inserido em um contexto de vulnerabilidade, e atuando em parceria com projetos sociais, reforça o propósito do Movimento de empoderar crianças, adolescentes e jovens para um futuro mais justo e promissor, impactando positivamente a sociedade.

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