Mutirão Nacional Pioneiro em Salvador leva jovens a refletir sobre comunidade e desenvolvimento pessoal - Escoteiros do Brasil
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Mutirão Nacional Pioneiro em Salvador leva jovens a refletir sobre comunidade e desenvolvimento pessoal

18 outubro 2018

A celebração do Centenário do Ramo Pioneiro teve mais um grande capítulo no ano de 2018. Os quase 300 jovens de todo o Brasil que participaram do 27° Mutirão Nacional Pioneiro, retornaram de Salvador-BA com as mochilas cheias de novas amizades, cultura, e bastante aprendizado. Nos quatro dias de evento na capital baiana, os pioneiros participaram de módulos de serviço à comunidade, viagem, contato com a natureza e trabalho, deixando marcas na caminhada de cada participante.

Para a jovem Júlia Lima, da Região Escoteira do Rio de Janeiro, que participou pela primeira vez de um evento nacional deste porte, conhecer pioneiros de outras partes do país e poder servir as obras sociais de Salvador foram as experiências de maior impacto. “No esforço dos voluntários que ali trabalham como também na forte mobilização de meus amigos pioneiros, pude perceber que todos ali presentes sentiam-se esperançosos ao colaborar na vida desses adultos”, referindo-se à CAASAH, instituição soteropolitana que trata de portadores do vírus HIV. No local, o Mutirão auxiliou na recuperação e manutenção da infraestrutura, com limpeza e pintura dos ambientes, móveis, e proporcionando aos pioneiros o contato com os pacientes do projeto.

O módulo Serviço passou por outro lugar além da CAASAH. As Obras Sociais Irmã Dulce, referência no atendimento gratuito na área da saúde, receberam o grupo para um breve tour pela estrutura local, e para bastante trabalho. Coordenados por Ana Borges, responsável pelo módulo, os jovens fizeram limpeza de áreas do complexo hospitalar, e tiveram contato com os pacientes. “De maneira geral, o balanço do módulo Serviço foi super positivo, pois conseguimos cumprir toda a programação prevista e até um pouco mais. Os jovens saíram satisfeitos com o resultado, as instituições agradeceram muito, todo mundo saiu ganhando, e isso é o que mais importa”, explicou Ana, sobre a atuação no voluntariado iniciado por Irmã Dulce e que atende mais de 2 mil pessoas diariamente. “Para o jovem, acredito que tenham sido momentos únicos, de grande impacto, em que cada um deles foi tocado de formas diferentes. Acredito que de alguma forma, essa história de força e determinação servirá de exemplo em outros momentos da vida deles”, completou. Alexandre Braga, que ficou responsável pelas ações na CAASAH, retornou ao Rio Grande do Sul satisfeito com o que foi feito. “Passamos do que havia sido combinado, deixamos o local do melhor jeito que era possível. Na minha avaliação acho que superamos, e nos superamos em todos os sentidos”, disse.

Partes da organização do evento, os pioneiros Laura Santis e Cláudio Voss estiveram envolvidos também nas atividades, acompanhando os contingentes de São Paulo e Santa Catarina, respectivamente. “Ser jovem e ter a oportunidade de atuar em uma equipe com adultos tão dedicados e inspiradores foi uma experiência transformadora! Estar por trás dos bastidores de um evento desse porte te faz amadurecer em todos os sentidos, é preciso sonhar alto mas também conhecer os limites de cada um”, comentou o jovem, que enxerga o atual momento como de transformação, pontuando que os pioneiros andam ganhando mais espaço por onde atuam. Para Laura, a celebração dos 100 anos de Ramo permitiu aos pioneiros cada vivência especial. “Vejo que, por 2018 ser o ano do centenário, abriram-se portas para a realização de atividades fundamentais na vivência pioneira. Sendo assim, creio que cada região foi impactada de acordo com a sua realidade, impulsionando os jovens a se envolverem mais com o ramo”, concluiu.

André Lemes, coordenador nacional do Ramo, apostou nas experiências como colaboração para a vida dos participantes. “Não tenha dúvidas, o impacto na comunidade local, quer pelo benefício entregue no serviço ou no convívio com a comunidade baiana, é amplamente positivo. Os Escoteiros deixaram benefícios tangíveis e intangíveis àquela comunidade; mas certamente, nossos jovens receberam muitíssimo dos baianos, e saem mais enriquecidos e ainda mais felizes deste atividade memorável”, ponderou. O benefício foi percebido e confirmado pelos jovens, como enxergou Amanda Martins, de Curitiba. “Acho que a importância desse tipo de evento para o jovem é imensa, porque nessas atividades desenvolvemos diversas áreas de conhecimento e abrimos nossa mente e nosso olhar para outras coisas, às vezes diferente do nosso dia a dia, o que faz com que a gente desenvolva um pensamento mais crítico e profundo sobre diversas coisas”.

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