No dia Internacional da Solidariedade, confira a entrevista elaborada pela WOSM sobre o Projeto Integra Roraima - Escoteiros do Brasil
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No dia Internacional da Solidariedade, confira a entrevista elaborada pela WOSM sobre o Projeto Integra Roraima

31 agosto 2018

O dia 31 de Agosto é marcado internacionalmente por uma das características mais belas da sociedade mundial: a solidariedade. Instituída no ano 2000 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a ONU, o dia tem como objetivo fortalecer ideais de solidariedade entre as nações, povos e indivíduos, priuncipalmente em situações difícieis, independente da origem. A solidariedade também foi reconhecida como um valor fundamental e essencial para as relações internacionais no século 21.

Em celebração à este dia, apresentamos uma entrevista feita pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro (WOSM) com a 2° vice-presidente dos Escoteiros do Brasil, Ilka Denise Rosseto Gallego Campos, sobre o Projeto Integra Roraima – um exemplo do objetivo central do Dia Internacional da Solidariedade.

Desde o dia 10 de agosto, a plataforma de doações da Organização Mundial do Movimento Escoteiro (WOSM) abriga um projeto de financiamento coletivo em prol de migrantes venezuelanos que vieram para o Brasil. Este projeto foi lançado para captar recursos e viabilizar o desenvolvimento das atividades escoteiraspara crianças, adolescentes e jovens venezuelanos, acampados em Roraima, e vivendo em situação de vulnerabilidade.

– Nos diga um pouco mais sobre você, nome, o que você faz no escotismo, histórico profissional.
Meu nome é Ilka Denise Rosseto Gallego Campos. Sou a 2ª vice-presidente dos Escoteiros do Brasil e Diretora de Gestão Estratégica. Profissionalmente, sou bióloga e pedagoga, tendo lecionado por muitos anos e trabalhado em Instituições de Ensino na área de Estrutura e Funcionamento e Projetos Pedagógicos.

– Como o projeto começou? Quando foi o momento decisivo que você disse “nós precisamos fazer algo sobre isso”?
Após uma série de reportagens que foram veiculadas pela imprensa brasileira no mês de março deste ano, sobre as condições de vida dos migrantes venezuelanos no Estado de Roraima, toda a Diretoria dos Escoteiros do Brasil ficou sensibilizada com a situação das crianças, adolescentes e jovens. E, como oferecemos educação não formal atendendo justamente esta faixa etária, por meio de um sistema de valores, buscando construir um mundo melhor onde as pessoas se realizem como indivíduo e desempenhem um papel construtivo na sociedade, sentimos que não poderíamos ficar alheios ao que estava acontecendo com nossos pequenos e jovens irmãos venezuelanos. Decidimos então começar o Projeto Integra Roraima para oferecer Escotismo a eles, dando-lhes um pouco de alegria e esperanças em um futuro melhor.

– Quantos voluntários estão envolvidos com esse projeto? Com quantas crianças e jovens vocês estão trabalhando?
Toda a nossa Diretoria, composta por 8 pessoas, mais 3 escotistas de Roraima estão envolvidos atualmente no projeto. Esperamos atender no mínino 40 crianças, adolescentes e jovens, inicialmente.

– Por que o projeto é tão importante para a UEB?
Porque segundo o nosso Projeto Educativo, não podemos fazer Escotismo dissociado na comunidade em que estamos inseridos. Estamos envolvidos com as questões sociais e não podemos deixar de enxergar esta situação nova em nosso país resultante de um ciclo migratório. Dentre os migrantes temos as crianças, adolescentes e jovens, vivendo situações de vulnerabilidade e que podem ser minimizadas com a nossa prática escoteira. O nosso Método e Programa Escoteiros têm muito a oferecer e contribuir para a educação deles. A ideia é abrir Seções Autônomas dos diferentes Ramos com os quais trabalhamos, para oferecer o Escotismo junto aos acampamentos onde eles vivem.

– Quais são os maiores desafios que o projeto está encarando agora?
São vários os desafios, dentre eles: as questões da língua, já que eles falam espanhol e a maioria deles não encontra vagas nas Escolas Públicas da Região onde poderiam aprender o português; a necessidade de mais recursos financeiros para implementar e ampliar o projeto; a aceitação dos migrantes pela comunidade local; a localização geográfica de Roraima no Brasil, distante dos grandes centros e do nosso Escritório Escoteiro Nacional.

– Quais são os próximos passos, planos futuros para esse projeto? O que você espera que aconteça quando esse projeto acabar?
Os próximos passos são a instalação e a operacionalização da primeira Seção Autônoma em Roraima e posteriormente a instalação de novas Seções. Esperamos que com as Seções funcionando possamos fazer a avaliação do trabalho realizado e concluirmos que estamos fazendo a diferenças na vida daquelas crianças, adolescentes e jovens. Temos no Método Escoteiro as ferramentas para o acompanhamento individual de cada um dos envolvidos. Desta forma, poderemos tirar lições aprendidas desta experiência.

– O que o projeto impactou na sua vida?
A alegria que vem da possibilidade de Servir e oferecer a aquelas crianças, adolescentes e jovens oportunidades melhores na vida, através do seu desenvolvimento nas diferentes áreas e ainda, poder integrá-los na sociedade, respeitando os seus direitos como pessoa.

O projeto fica disponível na plataforma até o dia 29 de setembro, com a meta de levantar 3 mil dólares. Para mais informações, acesse a página do projeto.

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