Homenagem à Chefe Wilma: setenta anos dedicados ao Escotismo - Escoteiros do Brasil
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Homenagem à Chefe Wilma: setenta anos dedicados ao Escotismo

23 março 2018

No mês de Março, o mês da Mulher, decidimos homenagear mulheres do Movimento Escoteiro brasileiro com histórias marcantes para o crescimento e difusão do Escotismo por aqui. Entre os exemplos, encontramos Wilma Schiefferdecker, que dedica o tempo, esforços e a família ao Escotismo há mais de 70 anos.

Nascida no Rio Grande do Sul, a Chefe Wilma ingressou no Movimento por meio dos Bandeirantes, em 1944. Na época, a irmã era casada com o presidente da Região Escoteira do Rio Grande do Sul, que sugeriu o envolvimento de um grupo de meninas com o Movimento Bandeirante, ainda inexistente no estado gaúcho. Wilma e outras sete jovens foram ao Rio de Janeiro para a Promessa, feita na igreja de Santa Terezinha. Na mesma época, o namoro entre Wilma e Lino Schiefferdecker fez com que a jovem se aproximasse também do Movimento Escoteiro de forma natural, pelo Grupo Escoteiro Georg Black (1°/RS) – mais antigo em atividade no país.

Wilma e Lino se casaram, e tiveram três filhos. A atuação ativa no Grupo, sempre regada com seriedade e proximidade, fez do casal pilares do Escotismo no estado. Para Wilma, foi também uma oportunidade de se envolver com uma atividade que pudesse levar a família, em crescimento. Os três filhos – e posteriormente cinco netos – entraram para o Movimento, o que tornou o Escotismo ainda mais significativo na vida de Wilma. “É raro encontrar uma situação dessas em que toda a família se envolve tanto com o Movimento. Isso é uma alegria enorme pra mim, poder estar com eles em algo que tanto representa na minha vida”, conta a Chefe Wilma.

Em sete décadas de envolvimento, as mudanças na sociedade afetaram direta e indiretamente o Movimento. Um exemplo claro é a abertura para a integração entre ambos os sexos dentro dos Grupos e atividades. Para Wilma, uma ação essencial. “Foi algo importante, até porque outras organizações já tinham essa mistura. E fez bem ao Movimento, ainda faz”. Wilma foi uma das Chefes do primeiro Clã Misto da América.

Rubem Süffert, do Núcleo Nacional de Preservação da Memória Escoteira, foi lobinho da Chefe Wilma, e destaca as contribuições da escoteira ao grupo gaúcho. Conhecida pelos amigos e familiares como uma pessoa muito agregadora, vive o Escotismo intensamente – está ativa, participando das reuniões semanais do grupo; participou de seis conferências mundiais, e não falta a nenhuma assembleia local e nacional. Também não perde os encontros mensais com as outras sete amigas bandeirantes, com quem toma chá para botar a conversa em dia.

Aos 90 anos, Chefe Wilma segue atuando no G.E. Georg Black. Enxerga no amor a principal ferramenta para trabalhar, principalmente com os pequenos. Em uma sequência de vídeos produzidos pela Região Escoteira do Rio Grande do Sul, Wilma diz se sentir bem entre os jovens, e prega a importância de saber aceitar e se adaptar às diferenças de contextos.

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