Voluntários fazem mutirão de limpeza na Avenida Roberto Freire - Escoteiros do Brasil
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Voluntários fazem mutirão de limpeza na Avenida Roberto Freire

9 junho 2017

Sacos de pipoca, garrafas pet, latas de refrigerante, camisinhas usadas são apenas alguns dos itens coletados por um grupo de voluntários que realizou um mutirão de limpeza no calçadão da avenida Roberto Freire, em Natal (RN), na manhã de sábado (3). A ação foi promovida pela equipe do Parque das Dunas e integra a programação da Semana do Meio Ambiente do Governo do Estado.

Cerca de 60 pessoas participaram do mutirão, que contou, além da equipe do Parque das Dunas, com a presença do Grupo Escoteiro Henrique Castriciano, do Exército e da cooperativa de coleta de materiais recicláveis Coopcicla. Os participantes receberam luvas para proteger as mãos e sacos para coleta dos materiais. Houve tenda com lanche e distribuição de água mineral.

Para a coordenadora do Parque das Dunas, a bióloga Mary Soraje, a área do parque que fica na avenida Roberto Freire sofre muito com o lixo trazido pelo vento e jogado pelas pessoas na via, por isso, ao longo do ano, são promovidos mutirões de limpeza no calçadão e na parte interna do parque. “Além da limpeza, a ação também tem o objetivo de sensibilizar as pessoas que passam pela via sobre a importância de preservar a área”, diz.

“É um desafio muito grande preservar uma área desse tamanho dentro de um espaço urbano. O Parque das Dunas é reconhecido internacionalmente. Sua importância para Natal vai muito além do aspecto paisagístico. O parque interfere no clima da cidade”, conta Mary Soraje.

Chefe do Grupo Escoteiro Henrique Castriciano, Hugo Fonseca participou do mutirão ao lado de 20 escoteiros. Para ele, não é porque o parque é por lei uma unidade de conservação que a comunidade não tem o seu papel de zelar pela área. “A vegetação nativa gera um conforto térmico para os moradores da região. Mas para manter isso é preciso que as pessoas colaborem com a preservação do parque”, diz.

Biodiversidade em risco

A falta de cuidado com a área afeta diretamente a fauna e flora do parque. Segundo Mary, aquela região é a única plana de todo o parque e, por isso, há plantas e animais que só existem ali. Ela conta que o lixo é um grande problema, mas há outros, como o da população de gatos abandonados no calçadão.

“A questão dos gatos é algo que temos observado. Primeiro é preciso dizer que ele são vítimas das pessoas que o abandonam. No entanto, é preciso ressaltar que quando um animal desse é introduzido nesse ambiente, ele começa a competir com os outros animais nativos. O gato não faz parte daquela fauna”, explica a coordenadora do Parque. Ela cita como exemplo a situação do Lagarto do Folhiço, denominado cientificamente de Coleodactylus natalensis. O réptil foi descoberto no Parque em 1991 e hoje está na lista de ameaçados de extinção. “Os gatos caçam esses animais”.

Cercamento da Via Costeira

Com uma área de mais de 1.100 hectares, o Parque das Dunas atualmente não é devidamente cercado em toda a sua extensão. O ponto mais crítico é a Via Costeira, região de predominância do ecossistema de dunas. Segundo Mary, inicialmente seria feito o cercamento apenas daquela área, mas depois foi visto que o melhor era aproveitar para fazer o cercamento completo do parque. “Estamos fazendo todo o mapeamento para na sequência abrir a licitação. A ideia é usar cerca de madeira ecológica, de durabilidade maior”, diz.

Fonte: Tribuna do Norte

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