Homenagem à Chefe Sevirina, a Akelá Eterna da Bahia - Escoteiros do Brasil
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Homenagem à Chefe Sevirina, a Akelá Eterna da Bahia

6 abril 2018

Nas últimas semanas, homenageamos histórias de mulheres escotistas que se misturam com a história do próprio Movimento Escoteiro no Brasil. Seja pelos longos anos servindo aos Escoteiros, ou pela exemplar dedicação na formação de jovens, pelo cuidado amoroso com lobinhos; em todos os casos, nossas personagens cativam pela paixão e compromisso pela cultura do Escotismo. Finalizando a sequência de reportagens, trazemos a história de Sevirina Barretto, diretamente de Salvador-BA.

Sevirina Barretto vivia com o marido e filho na região da Capitania dos Portos em Salvador, na Bahia. Na época, o pequeno quis se envolver com o Movimento, e a mãe acompanhou. Ao chegar, recebeu do chefe escoteiro do Grupo Escoteiro do Mar João das Bottas (3°/BA) um material explicativo que pudesse auxiliar nos primeiros passos da criança no grupo. Inspirada pelo propósito do Movimento, Sevirina se interessou, e se envolveu com o grupo. Realizou o Curso Básico e, em outubro de 1964, fez a Promessa Escoteira, por volta dos 34 anos. Ingressou oficialmente no Grupo como Akelá da 2° alcateia.

Com o passar dos anos, em 1970, acabou migrando para outro grupo da capital soteropolitana. No Grupo Escoteiro Antônio Vieira (15°/BA), atuou na criação de alcateias, e servindo também na coordenação de Atividades Regionais de Lobinhos. Marcada pelo profissionalismo e dedicação, é lembrada sempre pelo conhecimento profundo que tem do Movimento, além da memória excelente. Durante mais de cinco décadas, serviu ao grupo e ao Movimento como chefe de alcateias, sendo conhecida até hoje como Akelá Eterna.

Pelos longos anos atuando com Lobinhos, marcou a jornada de muitos escoteiros bahianos. Entre alguns, Enilson Campos, atual presidente do Grupo Escoteiro Antonio Vieira (15°/BA), no qual Chefe Sevirina escreveu sua história. “A Chefe Sevirina é uma personalidade ímpar; um exemplo de Escotista, comprometida com a formação dos jovens, com a capacitação continua dos adultos, com os valores escoteiros e guardiã da conduta ética do escotismo. Sempre atualizada com as diretrizes do Movimento”, comenta o presidente.

Entre tantas condecorações e reconhecimento, Sevirina conquistou as mais importantes medalhas dos Escoteiros. Recebeu a Cruz de São Jorge em 1994, a Medalha Tiradentes em 2003, o Tapir de Prata em 2009, Velho lobo em 2014 e, mais recentemente, a medalha Lobo Guará em 2017. Do município de Salvador, recebeu a Comenda Maria Quitéria, honraria entregue às mulheres que se destacam em atividades benéficas à cidade de Salvador ou ao estado da Bahia. É também a primeira Chefe da Bahia a receber a Insígnia de Madeira. Atualmente, a Chefe Sevirina não tem cargos no grupo, embora participe regularmente das atividades do grupo, e a instituição.

Aos 87 anos, lembra com alegria das alcateias. “Tenho muito orgulho dos meninos e meninas que foram Lobinhos, dos que eu pude ajudar na formação. Alguns viraram advogados, juízes, médicos, e eventualmente aparecem no grupo pra visitar. Isso me faz muito feliz, assim como o mais importante, que é continuar servindo aos Escoteiros”, relata a Chefe.

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